Os 5 eventos que vão agitar os mercados na semana, com pesquisa eleitoral

A semana do Copom começa com variações modestas nos principais mercados mundiais, enquanto o Brasil ficará de olho na primeira pesquisa eleitoral após Joaquim Barbosa dizer que não pretende ser candidato, assim como nas movimentações para o pleito de outubro, enquanto Temer disse querer reforma da Previdência depois da eleição.

No noticiário corporativo, atenção ainda para a reta final da temporada de balanços. Confira no que ficar de olho nesta segunda (14) e na semana:

1. Bolsas mundiais

A semana começa com relativa tranquilidade nos mercados mundiais, com o S&P futuro e MSCI emergentes em alta modesta, enquanto as bolsas europeias recuam com incertezas políticas na Itália e Reino Unido.

Já as bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta segunda-feira, lideradas por Hong Kong, após um tuíte do presidente Donald Trump sugerir um possível avanço nas relações comerciais entre EUA e China.  Num gesto que surpreendeu Pequim, Trump afirmou ontem no Twitter que está disposto a ajudar o fabricante chinês de smartphones e equipamentos de telecomunicações ZTE a “voltar aos negócios, rapidamente”.

As ações da ZTE estão suspensas em Hong Kong desde há cerca de um mês, quando a Casa Branca decidiu proibir a empresa de importar componentes dos EUA por ter supostamente feito embarques ilegais de equipamentos para o Irã e a Coreia do Norte. Com a expectativa de que EUA e China retomem negociações comerciais ao longo da semana, a iniciativa de Trump foi vista por alguns analistas como uma concessão de Washington.

No mercado de commodities, o petróleo tem leve baixa com Opep podendo compensar eventual falta de produção do Irã; já o cobre cai e o níquel sobe em Londres.

Às 8h (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:

*S&P 500 Futuro (EUA)+0,17%

*Dow Jones Futuro (EUA) +0,29%

*Nasdaq Futuro (EUA) +0,26%

*DAX (Alemanha) -0,37%

*FTSE (Reino Unido) -0,22%

*CAC-40 (França) -0,26%

*FTSE MIB (Itália) -0,64%

*Hang Seng (Hong Kong) +1,35% (fechado)

*Xangai (China) +0,34% (fechado)

*Nikkei (Japão) +0,47% (fechado)

*Petróleo WTI -0,16%, a US$ 70,59 o barril

*Petróleo brent 0%, a US$ 77,12 o barril

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian +2,09%, a 488 iuanes (nas últimas 24 horas)

*Bitcoin US$ 8.462,30, -1,45%
R$ 32.155 +0,19% (nas últimas 24 horas)

2. Agenda doméstica da semana

No campo político, destaque para a pesquisa CNT/MDA para presidente da República, que será a primeira feita refletindo a desistência do ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa. A pesquisa está sendo feita desde o dia 9 e deve terminar do dia 13 de maio, com divulgação prevista para esta segunda-feira (14). Para o 1º turno, a sondagem tem 4 cenários estimulados, todos sem Barbosa. Ciro Gomes, Jair Bolsonaro, e Marina Silva aparecem em todos os cenários, enquanto o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o ex-governador de SP, Geraldo Alckmin, figuram em 3 cenários. Já o ex-presidente Lula e o presidente Michel Temer aparecem em um deles. O ex-prefeito de SP, Fernando Haddad, aparece nos outros 3 onde não está Lula.

Vale destacar ainda que, nesta segunda, o Banco Central alteraa  oferta de swap cambial. O BC disse em comunicado na noite de sexta que faria “ajustes na forma que está ofertando swap cambial” e, diferentemente do que vinha fazendo até sexta, ou seja, leilões diários de até 8.900 contratos de swap cambial, para rolagem integral do vencimento de US$ 5,65 bilhões de 1 de junho, o que daria uma sobra de pouco menos de US$ 3 bilhões ao final do mês, agora o BC ofertará nesta segunda-feira 4.225 contratos para rolagem e, adicionalmente, fará oferta de 5.000 contratos com vencimento em 2 de julho de 2018.

O grande destaque da agenda econômica doméstica fica na quarta-feira (16), após o fechamento do mercado, em que o Banco Central divulga a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), amplamente esperada com um novo corte de 25 pontos-base na Selic. Porém, esta projeção começou a ganhar contestações após a recente disparada do dólar, o que leva alguns analistas a defender que a autoridade monetária não reduza os juros agora. De qualquer forma, esta variação cambial deve realmente levar o BC a selar o ciclo atual e confirmar já no comunicado que irá manter a Selic nos próximos meses.

No mesmo dia, mas pela manhã (8h30), o BC apresenta também o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) de março, considerado a prévia mensal do PIB (Produto Interno Bruto). A GO Associados projeta estabilidade ante o mês de fevereiro, refletindo o desempenho favorável do varejo, compensado pela queda da indústria e do desempenho fraco esperado para os serviços.

Já na terça-feira (15), o IBGE divulga o resultado de março da Pesquisa Mensal de Serviços, em que a GO Associados prevê ligeira queda de 0,2% ante o mês de fevereiro, refletindo a queda da atividade industrial (-0,1%). Enquanto isso, na quarta, a FGV divulga o resultado do IGP-10 de maio, com projeção de alta de 1,0% no mês, acumulando alta de 3,4% em 12 meses.

Além disso, a próxima semana também marca o fim da temporada de resultados corporativos do primeiro trimestre, com cerca de 50 balanços programados para serem apresentados apenas entre segunda e terça-feira, entre eles a JBS (JBSS3 -0,45%), BR Malls (BRML3 -3,01%), Eletrobras (ELET3 -1,87%) e CSN (CSNA3 +3,23%).

3. Agenda externa da semana

Nos Estados Unidos, os investidores estarão focados nos dados de atividade econômica, em especial os resultados das vendas do comércio e da produção industrial, que serão divulgados na terça (15) e quarta-feira (16), respectivamente. Nesta segunda, por sua vez, agenda traz fala de James Bullard, do Federal Reserve de Saint Louis às 10h40, e dados de indústria e varejo na China à noite.

Na Ásia, atenção especial para os dados da produção industrial de abril na China, que serão publicados na noite de hoje. O resultado poderá dar indicações sobre o possível impacto negativo das tensões comerciais com os EUA e pode também ter reflexos nos mercados, principalmente o brasileiro, que tem grande ligação com o gigante asiático por conta das commodities.

4. Notícias do dia

As alianças eleitorais seguem sendo o destaque nos jornais. Em entrevista ao Estadão no fim de semana, o presidente da Câmara dos Deputados e pré-candidato à Presidência, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que não  há possibilidade, neste momento, de uma aliança com Geraldo Alckmin (PSDB). Maia disse ter timo relacionamento” com Alckmin, e quem chegar no segundo turno apoiará o outro. Contudo, apontou que a aliança entre o DEM e o PSDB tem sido “muito desgastada” nos últimos anos e “o ciclo está terminando”.

Enquanto isso, o jornal O Globo destaca que, embora insista em se manter como pré-candidato ao Planalto pelo DEM, Maia terá dificuldades para convencer seus correligionários a manter sua condição de presidenciável a partir de 15 de junho, data considerada “limite” por uma ala importante do DEM para encerrar o assunto e passar a negociar uma aliança eleitoral com um candidato “viável” no campo de centro. Hoje, na avaliação de aliados de Maia ouvidos pelo jornal, o nome seria justamente o de Alckmin.

Olhando para o governo que está terminando, cabe destacar a entrevista que Michel Temer concedeu ao Estadão. Ele afirmou que, depois das eleições, pretende convidar seu sucessor para, juntos, tentarem aprovar a reforma da Previdência ainda neste ano e, portanto, antes do início do futuro governo. Temer se diz convencido de que, seja quem for o presidente, terá de aprovar a reforma e o melhor será se puder já assumir sem esse peso e essa responsabilidade nas costas.

5. Noticiário corporativo

A temporada de resultados segue movimentando o mercado.  A Alpargatas registrou no primeiro trimestre de 2018 lucro líquido consolidado de R$ 112,8 milhões, o que significa queda de 37,2% sobre o mesmo período do ano passado. Já a  Cesp teve prejuízo líquido de R$ 3,7 milhões no primeiro trimestre, ante lucro de R$ 72,5 milhões no mesmo período de 2017, impactada pelo aumento nas provisões para riscos legais.

Fora do radar de balanços, o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, informou que a Petrobras entrou na Justiça contra 8 grandes bancos por suposto cartel para manipular câmbio. Já a Eletropaulo informou que seu conselho de administração vai se manifestar até 30 de maio sobre as ofertas públicas voluntárias para aquisição de até a totalidade das ações da companhia apresentadas pela italiana Enel e pela Neoenergia, da espanhola Ibedrola, além de eventuais ofertas concorrentes, disse a empresa.

Por fim, no InfoTrade de hoje, destaque para o Ibovespa, que abre caminho para  uma correção após a forte alta da última semana. No “Gráfico do Dia”, as atenções ficam por conta dos papéis da Localiza (RENT3 -3,53%), que se armam para retomar sua tendência de alta de longo prazo.

Fonte: http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/7418085/eventos-que-vao-agitar-mercados-semana

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